Abrigos rochosos e cemitérios indígenas nos sertões da Paraíba
Juvandi de Souza Santos*
O projeto Cultural Tapuia nos Sertões da Paraíba, desenvolvido pelo LABAP/UEPB, visa estudar e conhecer os grupos índios da região do pós-contato, os Cariri e Tarairiú. Uma das formas de estudar esses grupos humanos extintos na Paraíba é através dos restos mortais, no caso dos índios Cariri e, os locais de atividades ritualísticas pós-morte, no caso dos índios Tarairiú, já que estes praticavam o endocanibalismo.
Já se sabe que esses grupos humanos buscavam os abrigos rochosos para a prática do último ritual de passagem: o da morte.Vários abrigos rochosos já foram escavados no interior da Paraíba; alguns já datados por TL, como o sítio Pinturas I, em São João do Tigre, com uma datação de 297 anos AP, e o sítio Furna dos Ossos, em São João do Cariri com três datações que comprova que os índios Cariri habitaram a região e sepultaram seus mortos naquele abrigo por cerca de 07 (sete) séculos.
As datações só corroboram com a historiografia dos períodos colonial e imperial que fornecem informações acerca desses grupos humanos e informa que de fato eles viveram na Paraíba. As cavidades naturais onde esses índios foram sepultados são de extrema importância para as pesquisas, por guardarem em seu interior materiais arqueológicos (ossos e dentes humanos, adornos corporais, materiais líticos e cerâmicos) que atestam a presença humana na região desde tempos imemoriais. Assim, pretendemos traçar o perfil cultural desses grupos e o processo de evolução e extermínio.
O grande problema que enfrentamos são os atos de vandalismo nesses ambientes, colocando em risco possíveis escavações e coleta de materiais arqueológicos, comprometendo nossas pesquisas.
*Vice-Presidente da SPA, Coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia UEPB, Mestre em Arqueologia pela UFPE e Doutorando em História na PUC-RS.
Artigo publicado no SBE Antropoespeleologia Nº18 (15/03/2009)
O projeto Cultural Tapuia nos Sertões da Paraíba, desenvolvido pelo LABAP/UEPB, visa estudar e conhecer os grupos índios da região do pós-contato, os Cariri e Tarairiú. Uma das formas de estudar esses grupos humanos extintos na Paraíba é através dos restos mortais, no caso dos índios Cariri e, os locais de atividades ritualísticas pós-morte, no caso dos índios Tarairiú, já que estes praticavam o endocanibalismo.
Já se sabe que esses grupos humanos buscavam os abrigos rochosos para a prática do último ritual de passagem: o da morte.Vários abrigos rochosos já foram escavados no interior da Paraíba; alguns já datados por TL, como o sítio Pinturas I, em São João do Tigre, com uma datação de 297 anos AP, e o sítio Furna dos Ossos, em São João do Cariri com três datações que comprova que os índios Cariri habitaram a região e sepultaram seus mortos naquele abrigo por cerca de 07 (sete) séculos.
As datações só corroboram com a historiografia dos períodos colonial e imperial que fornecem informações acerca desses grupos humanos e informa que de fato eles viveram na Paraíba. As cavidades naturais onde esses índios foram sepultados são de extrema importância para as pesquisas, por guardarem em seu interior materiais arqueológicos (ossos e dentes humanos, adornos corporais, materiais líticos e cerâmicos) que atestam a presença humana na região desde tempos imemoriais. Assim, pretendemos traçar o perfil cultural desses grupos e o processo de evolução e extermínio.
O grande problema que enfrentamos são os atos de vandalismo nesses ambientes, colocando em risco possíveis escavações e coleta de materiais arqueológicos, comprometendo nossas pesquisas.
*Vice-Presidente da SPA, Coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia UEPB, Mestre em Arqueologia pela UFPE e Doutorando em História na PUC-RS.
Artigo publicado no SBE Antropoespeleologia Nº18 (15/03/2009)
Fotos: Arquivo da SPA.
4 comentários:
Professor, é muito interessante esse trabalho. Nunca ví tantos trabalhos de arqueologia como ultimamente. Acompanho sempre os bons artigos do Thomas no DB e aqui posso ver q a Sociedade é múltipla, cheia de pesquisadores e boms escritores. Parabenize a equipe por mim.
Quando estiver em Campina, farei uma visita ao laboratório e a sede da spa.
saudações históricas.
Mário Duarte
Ai como minha Paraíba é linda...
Demais!
Jéssica Almeida
Olha pessoal sou universitário do curso de história da FIP, e morro em São José do Sabugi cidade que possui um sítio tapuio com várias itacoatiaras. Seria interessante fazer um estudo aprofundado aqui. espero contato. nilson.oxente@hotmail.com
moro em catingueira e descobi um possivelcemiterio indigena e tambem pinturas em pedra ,gostaria que vc desse uma olhada nas fotos : orkut.sebastiaofa@bol.com.br
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