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domingo, 21 de setembro de 2008

O Polêmico Pe. Luiz Santiago*

Thomas Bruno Oliveira e Vanderley de Brito**

1. O Padre


O Padre Luiz Santiago de Moura nasceu em 25 de Agosto de 1897, no sítio Meia-pataca, na povoação de Lagoa do Remígio, cidade de Areia, estando hoje nos domínios municipais de Remígio-PB.

Filho do casal Delfim Izidro de Moura e Antônia de Andrade Santiago, o pequeno Luiz seguia à risca a doutrina religiosa familiar. Sua vida clerical inicia-se aos 21 anos, quando é encaminhado ao seminário, permanecendo por uma década cursando filosofia teológica ginasial. Aos 31 anos, é ordenado padre (em 1928), por Dom Adauto Aurélio, e nomeado para a freguesia de Cuité (1929), em lugar do Monsenhor José Tibúrcio.

Uma de suas primeiras ações na paróquia de Cuité foi a implantação da via sacra na igreja “de estilo moderno e de grandes proporções, por iniciativa do ardoroso Frei Martinho, que a começou em dias de 1918 deixando-a coberta...” (SANTIAGO, 1936. p. 16). Em 1931, Pe. Santiago juntamente com o Dr. Edesio Silva funda a capela de Nossa Senhora de Nasaré de Jacu “...distante da sede 2 ½ léguas (...) com aula pública e ensino de catecismo” (idem, ibidem). Já em 1935 foi a vez da fundação da capela de N. S. da Conceição de Malhada do Canto “distante da sede 8 leguas, fundada pelo Padre Luiz Santiago e o Ce. José Antonio, deputado...”(Idem, Ibidem). Em 21 de novembro de 1936 é fundada a capela São Severino do Bispo, através da doação (1 ano antes) de um terreno pelo Sr. Felinto Florentino de Azevedo (LEMOS, 2002. p.117). A presente capela é marco fundador do povoado de Nova Floresta “... Felinto Florentino doou o terreno (...) e construiu inúmeras residências...”. Nesta capela, em 20 de outubro de 1936 é celebrada a primeira missa pelo Pe. Luiz Santiago, que também implanta aula publica e ensino do catecismo. Consta também que Pe. Santiago fundou a capela de Caboré, no atual município de Frei Martinho. Todas as fundações fazem parte do patrimônio da paróquia de N. S. das Mercês do Cuité, cuja fundação foi “... aos 25 de Agosto de 1801, tem um arquivo rico em documentação e sua organização bem regulada, graças ao tino organizador do seu Vigário de 1928, o Mons. José Tibúrcio. Tem bom patrimônio, e 15 Capelas (...) hoje funcionam normalmente, suas aulas, quando não públicas, particulares com o ensino de catecismo...” que também contava com “...uma boa casa paroquial, bem confortável, com água encanada e garage, e todo o mobiliário próprio, 4 casas de telha, alugadas a bom preço, e 3 banheiros de uso publico.”(SANTIAGO, 1936).

Pe Luiz Santiago, em sua carreira sacerdotal, foi vigário da paróquia de Cuité entre 1929 e 1941. Durante este período, acumulou as paróquias de Picuí, entre 1931 e 1936, e de Pedra Lavrada, entre 1931 e 1933.

É perceptível a dinâmica deste jovem padre que dissemina a doutrina católica na região criando diversas capelas e mantendo-as com missas periódicas e aulas de catecismo unido ao ensino público, proeza de caráter social. O ensino e trabalhos sociais realmente foram dois aspectos que norteavam as ações do Pe. Santiago, sua preocupação era tamanha que até sua fazenda foi palco de cursos profissionalizantes. No ano de 1958, quando não mais atuava oficialmente pela Igreja, Santiago trouxe uma jovem artesã para ministrar curso de renda e esta, Maria Elvira de Medeiros, acabou por ficar na fazenda como governanta e, ainda hoje, Dona Mariquinha, como é popularmente conhecida, vive na fazenda e zela pelos bens deixados pelo Padre.

Contudo, o Padre era um ferrenho defensor da obediência à doutrina Católica e cuidava de seu rebanho com “mãos de ferro”, não permitindo indisciplina nos “seus” domínios paroquiais. A partir 1933, Luiz Santiago, começou a ter problemas com um grupo de sectários do luteranismo que estava se instalando em sua paróquia, em Cuité, e se expandindo rapidamente na região aquela doutrina “herege”. Luiz Santiago e seus seguidores passaram a perseguir os protestantes, interrompendo os cultos, espancando os “crentes” e até proibindo que fossem sepultados no cemitério da cidade. Uma intolerância muito comum na época. Polêmico e muito temperamental, num lapso de irracionalidade, em 1935 mandou demolir a igreja protestante (Assembléia de Deus) que estava sendo instalada em Cuité. Sua ação criou transtornos no seio da Igreja católica e gerou um movimento destes protestantes em reação à sua atitude nada moderada. Em meio à celeuma, a emboscada que resultou no assassinato, a tiro de rifle, de um protestante que vinha de um culto, Severino Amaro dos Santos, ocorrida na noite de 15 de agosto de 1940, agravou a situação, pois o crime foi atribuído ao Padre Santiago. Em decorrência do trágico episódio, para evitar novos transtornos para a Igreja, em 1941 Luiz Santiago teve suas ordens canônicas suspensas, por Dom Moisés Sizenando Coelho, lhe sucedendo na paróquia de Cuité o vigário Virgínio Estanislau Afonso.

No entanto, Luis Santiago nunca deixou seu desígnio de ser padre. Construiu sua própria igreja, no subterfúgio das dependências de sua fazenda, e continuou professando a fé e a liturgia católica em sua pseudo-paróquia, a seu modo.


2. O empresário e latifundiário


Pecuarista, produtor de algodão e agave, Luiz Santiago foi quem introduziu a cultura do agave na região do Curimataú da Paraíba, não obstante o clima semi-árido, a cultura se adaptou bem na região. Na sua fazenda Ubaia, de 1.400 hectares, comprada em meados da década de 20 do senhor Manoel de Souza Lima, Santiago construiu uma fábrica para beneficiar o sisal e produzir cordas e outros derivados do vegetal. Na fazenda, suntuosa, tinha seu próprio campo de pouso, um observatório, elevador particular e um museu. Com o apogeu da cultura do agava, Pe. Santiago comprou mais quatro fazendas na região, fazenda Montevideo, Pororoca, Lagoa do Meio e Bombucadinho, para o plantio.

Um homem de espírito vanguardista, foi um dos primeiros a adquirir um automóvel na região (chegando até a montar uma concessionária de automóveis em Currais Novos-RN), tinha máquina cinematográfica e também era apaixonado por motocicletas. Ao que tudo indica, tinha um significante poder econômico para a época e muito tino para os negócios.

Luiz Santiago tornou-se um fazendeiro muito poderoso na região. Valentão, Santiago era exímio atirador, tinha porte de arma e andava sempre armado, pois exercia grande influência religiosa e política no vale do Curimataú.


3. O pesquisador


Pe. Santiago era um homem de espírito inquieto e tudo ele buscava entender e manusear. Ele mesmo arquitetou e desenhou a planta da Igreja de Cuité, cuja construção iniciou em 1935. Também se destacou como inventor, criando máquinas para o manejo do agave, modelos de automóveis, casa para acomodar pombos, elevador doméstico e até uma mesa redonda para seu lar. Curiosidades nada convencionais para a época e o lugar.

A partir da década de 1930, Pe. Santiago desempenha estudos de várias naturezas, dividindo-o entre as pesquisas e as atribuições eclesiásticas. Segundo a Sra Elvira “... ele passava muito tempo fora, as vezes aproveitava a ida a uma capela longe para estudar as coisas de lá e só vinha pra casa dias depois...”. Suas pesquisas tinham como foco principalmente os primeiros habitantes da região, os indígenas. Estudou diversos sítios arqueológicos pré-históricos de inscrições rupestres na região do Curimataú, também desenvolve atividades museológicas, escreve sobre a história de municípios como Cuité e Remígio, além de fazer um complexo estudo acerca da lingüística tupi. É de sua autoria as publicações “Serra de Cuité: sua história, seus progressos, suas possibilidades” (1936) e “Lendas e Fatos do meu Sertão” (1965), ambos pela oficina gráfica ‘A imprensa’ em João Pessoa. Muitos outros trabalhos foram escritos e infelizmente não vieram a público, como um denso dicionário tupi-português e apontamentos para a história do município de Remígio, este último escrito em 1963[1].


3.1 Arqueologia e Museologia


Em meio aos atributos eclesiásticos, o Padre Luiz Santiago sempre foi sensível aos estudos. Ao exemplo do padre Manoel Ubaldo da Costa Ramos, um rebelde sacerdote que era afeito a estudos arqueológicos e conhecido regionalmente como padre Neco, vigário de Monteiro entre 1888 e 1902 (RIETVELD; BRITO, 2007), o padre Santiago também era dedicado às pesquisas no campo da etnologia e da arqueologia. Investigou o passado e as origens do homem na região do Curimataú. Dentre seus escritos, estão sempre citados jornais de diversas partes do Brasil além de vários livros de consulta. Grande parte de sua biblioteca compõe o atual acervo da Biblioteca Paroquial de Barra de Santa Rosa, que possui, dentre diversos livros de encontros de bispos e publicações religiosas, livros regionais e estudos de indiologia: como as primeiras edições de ‘História de Campina Grande’ do Elpídeo de Almeida (1962) e ‘Geografia da Fome’ do Josué de Castro (1946) dentre outras raridades. O aguçado faro investigativo do Padre fez com que percorresse grande parte do Curimataú em busca de pistas dos índios, creditando as inscrições rupestres da região aos antigos habitantes destas terras. Suas pesquisas tomavam-lhe dias e mais dias. Muitas vezes acampado em meio à caatinga, onde Pe. Santiago estudou os vestígios arqueológicos e tirou suas próprias conclusões.

A arqueóloga Ruth Trindade de Almeida, em sua obra ‘A arte rupestre nos Cariris Velhos’ (1979), faz referência aos estudos do padre Luiz Santiago, por volta de 1934, registrando vários sítios com inscrições rupestres, através de desenhos, na região Curimataú da Paraíba e parte do Rio Grande do Norte. Segundo Ruth, o padre fazia suas viagens a cavalo e ficava acampado por dias estudando os sítios arqueológicos. Os manuscritos de Santiago sobre estas pesquisas foram doados à arqueóloga para sua segunda etapa de pesquisas da arte rupestre paraibana, que acabou por não ser concluída e os originais das pesquisas sobre arte rupestre de Santiago nunca vieram a público.

Santiago considera que o vale do Curimataú era domínio da tribo indígena Cariri, com o nome de Inhaim. Um cemitério supostamente destes indígenas foi por ele descoberto nos limites dos municípios de Solânea e Cacimba de Dentro, na localidade de Pitombeira, e um outro quase duas léguas do boqueirão do Jaguaré, pelo lado oriental da serra da Caxexa, numa “concha granítica com inscrições rupestres”.

Este sítio rupestre, segundo o Padre, é uma “pedra mergulhada em densa vegetação, muito bonita e lendária. Tem a forma dum mostrengo dólmen, sobre três outras pedras admiravelmente pequenas, relativo ao peso que suporta. A sua sombra poderão se abrigar-se trinta homens mais ou menos”.

Em 1971, o Padre escreve o material ‘Achados Indígenas’[2] onde registra:

na escavação de esgoto público na cidade de Cuité, acharam uma IGAÇABA com ossos humanos.Trata-se dos restos mortais de um chefe indígena. Pena é que a ferramenta do trabalho, às mãos de operários de pouca cultura reduziu tudo a fragmentos. A cerâmica de terra, pelo espaço que ocupava demonstrava medir 70cm de comprimento por 40cm de largura e 30cm de altura. Estrutura sólida, mas grosseira. Ao longo das bordas do vasilhame, corre forte debrum, característico do estilo indígena da terra. A parte interna, do grande prato, ornamenta-se com estrias lineares, em três côres e idênticas faixas paralelas, cuja tinta é produto nativo: côres, roxo-rei e cinza.(SANTIAGO, 2008)

Neste trabalho inédito, Santiago também aponta achados de objetos indígenas em diversas localidades no vale do Curimataú: próximo a serra da Caxexa, na localidade Alto Redondo, em Areia; no Olho D’Água da Bica, em Cuité e na Lagoa dos Cavalos. Estes inúmeros achados arqueológicos e peças doadas pelos paroquianos foram todos devidamente catalogados e guardados no seu museu particular ou doados a órgãos de competência museológica.

Todavia, até no meio científico Pe. Santiago era desabrido e tinha desafetos. Num de seus escritos comenta sobre ter resgatado em 1939 uma urna funerária indígena4 na localidade de Pitombeira (no atual município de Casserengue) e a mesma havia doado ao Conselho de Geografia do Estado, de onde era membro, e, a mesma viu sem qualquer referência, “sem expressão nem procedência” no Museu do Estado. Certamente esta crítica se dirigia ao Diretor deste Museu, professor Leon Clerot, com quem tinha divergências ideológicas.

Em 1973, grande parte da coleção arqueológica foi doada ao Museu paroquial do Pe. Rui Vieira[3]. Não sabemos exatamente o que motivou o Padre a fazer a doação das peças, fato é que na obra ‘Achados Indígenas’ há várias páginas contendo a descrição e numeração de várias peças acompanhada de um termo de doação, como vemos a seguir:

“- TEMBETÁ: exemplares encontrados ao pé ocidental da serra da Caxexa, município de Barra de Santa Rosa – PB, região dos Inhais. Tembetá: pedra de beiço. Tembé (beiço); ita (pedra). Trata-se de uma nefrita – variedade de jade. É um silicato de alumínio e calcário, gênero do anfibolito ou que seja um feldspato verde, spalhado por todo o território nacional. Acha-se em profusão na zona do Curimataú, sobretudo. É dura mas, isenta do sol, ao fundo das águas, é capaz de se moldar, tornando-se dura se exposta ao ar ou sol. Os índios tinham-na por ornamento e quiçá, por talismã. Seu uso remonta à época mui recuada e é de caráter quase universal, com poucas exceções, na América do Sul. Tida por pedra da felicidade. Pedra verde(Itáobymbaê). Não padece dúvida que era de uso largo como adorno – Carlos Fried. Philvon Martius – pg. 231.

O achado foi na região dos índios Inhais, donde podemos crer que fossem objetos de seu uso. São idênticos aos artefactos dos índios Buçaças, de quem dependiam os Inhais.

Era na será da Caxexa onde os índios das cercanias se juntavam para promover suas festas: buçaças, jitós, banabués, inhais, etc. ao pé da grand concha, no cimo da Caxexa, denominada Pedra do Oratório. Lá, ainda hoje, na grande pedra, encontram-se inscrições rupestres a tinta vermelha e perto, ao sul, em outra pedra, inscrições em tinta vermelha e amarela. Ao pé da Pedra do Oratório, há vestígios de fogueiras festivas (Turiaçu).

Do Museu Pe. Santiago, passam ao Paroquial de Areia PB. 01/05-973.” (BRITO e OLIVEIRA, 2008. p.10)

Sobre os textos de Santiago, é possível perceber uma linguagem e interpretações que estavam em uso nas décadas de 1940, 1950 e 1960. Um genuíno trabalho da “Era Clerot”[4]. Pois era comum, neste período, afirmativas arbitrárias sobre territórios indígenas e atribuições de peças arqueológicas aos índios para os quais acreditavam estar associados ao domínio geográfico do achado (BRITO; OLIVEIRA, 2008).

Até o presente, o padre Luiz Santiago era um total desconhecido no meio arqueológico do Estado. Contudo, surpreendentemente, vem se revelando uma atividade contínua, por pelo menos cinco décadas, deste estudioso do Curimataú. Talvez este anonimato se deva a região desolada onde viveu.


4. O homem


Luiz Santiago não foi um padre muito convencional; era inventor de engenhocas, piloto de avião, filósofo, historiador, motoqueiro, romancista e rádio-amador. Dizem que também era afeito a práticas de ensalmo, como rezas e orações de encantamentos. A luxúria com mulheres também fazia parte do rol de suas contravenções eclesiásticas. Na sua obra “Lendas e fatos do meu sertão”, ele demonstra conhecer bem as armadilhas da alma feminina. Embora, contraditoriamente, também haja boatos levianos que o relacione a prática de sodomia (BRITO, 2008).

O padre chegou a adotar e criar um menino, que hoje vive com sua prole na sede do município de Barra de Santa Rosa, curioso notar que o filho adotivo de Santiago não parece ser uma pessoa que tenha avançado no universo escolar. Não há registro de que o padre tenha tido filhos naturais.

Luiz Santiago morreu de pneumonia aos 91 anos, em 1989, na fazenda Ubaia, município de Barra de Santa Rosa e seus restos mortais jazem num suntuoso túmulo, ao lado de sua igreja, em sua fazenda, que ele mesmo mandara construir para si, quase duas décadas antes de sua morte. Tudo indica que Santiago imaginava que estava próximo de morrer, pois data deste período um inventário onde ele doa todo seu acervo de valiosas peças históricas e arqueológicas, recolhidas em décadas de pesquisas, para o museu paroquial de Areia, aos cuidados de seu afilhado, Pe. Rui Vieira[5], onde ainda hoje permanecem expostas no Museu Regional do Centro Social Pio XII.

Pe. Santiago, apesar de ter sido um homem muito difícil, também era generoso. Antes de morrer doou sua fazenda, na serra do Bombocadinho, para ajudar na paróquia de Barra de Santa Rosa e a fazenda Ubaia ele deixou para sua fiel governanta, dona Mariquinha.

Escritor primoroso, de olhar profundo e aspecto austero, Luiz Santiago talvez seja a figura mais polêmica entre os vultos intelectuais e eclesiásticos paraibanos. Odiado por muitos de seus contemporâneos, que diziam-no louco, talvez por ter a coragem de discordar e de defender suas idéias, este irreverente vigário de espírito inquieto e vasta bagagem cultural, tornou-se por excelência um dos maiores estudiosos e benfeitores da região curimataense da Paraíba.


Referências


BRITO, Vanderley de. Pe. Luiz Santiago. Diário da Borborema, edição de 19/03. Caderno de Opinião. Campina Grande. 2008.

BRITO, Vanderley de; OLIVEIRA, Thomas Bruno. Breve biografia do pesquisador Pe. Luiz Santiago. Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia. Ano III, nº19, Campina Grande, 2008.

CALADO, Edson José Santos. Resgate Histórico da Assembléia de Deus. http://assembleiadedeusdepicui.blogspot.com/2007_10_29_archive.html

LEMOS, Helcio de Carlos. Enciclopédia dos Municípios Paraibanos. AB Editora: João Pessoa, 2002.

RIETVELD, Pe. João Jorge; BRITO, Vanderley de. O irreverente Pe. Costa Ramos. Diário da Borborema, edição de 11/04. Campina Grande, 2007.

SANTIAGO, Pe. Luiz. Serra do Cuité: sua história, seus progressos, suas possibilidades. A Imprensa: João Pessoa, 1936.

_______. Lendas e Fatos do meu Sertão. A Imprensa: João Pessoa, 1965.

_______. A língua Tupi ao alcance popular. Ensaio datilografado inédito, 323p.

_______. Achado Indígena. In: Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia. Ano III, nº19, Campina Grande, 2008.


[1] Material datilografado com várias páginas carcomidas, em posse do pesquisador Melchior Naelson Batista da Silva, morador de Remígio

[2] Material datilografado inédito. Acervo da fazenda Ubaia

[3] Vasilhame cerâmico com pinturas ornamentais onde os indígenas de etnia Tupi, em ritual de sepultamento secundário, depositavam os restos mortais de seus entes. Também conhecidas por igaçaba.

[4] A “Era Clerot” alude o pesquisador Leon Francisco Rodrigues Clerot, diretor do Museu do Estado da Paraíba, que inaugurou nas décadas de 30, 40, 50 e 60 um modelo de arqueologia clássica na Paraíba.

[5] Monsenhor Rui Vieira foi pároco e educador no município de Areia- PB por cinco décadas e morreu recentemente, em 09 de abril de 2008, já octogenário.

* Artigo publicado na Revista 'Estudos do Seminário' do Seminário João Maria Vianney de Campina Grande-PB (2008) e apresentado na II Semana de Pesquisa em História da UEPB.

** Thomas é Acadêmico de História UEPB e Diretor da SPA, Vanderley é Esp. em História e Presidente da SPA.

9 comentários:

Anônimo,  23 de setembro de 2008 às 18:17  

Nossa de fato o Pe. Santiago era um homem de espírito inquieto, e de um comportamento nada convencional, pelo que acabo de ler seus 91 anos rendeu-lhe boas histórias... Que bom poder conhecer histórias tão curiosa e instigante como esta. Parabéns Thomas, muito bom o texto!

Anônimo,  23 de setembro de 2008 às 18:21  

Na verdade os parabéns é para ambos Thomas e Vanderley. Sucesso aos dois, e parabéns pelo trabalho desenvolvido ao longo do tempo!!!

Alessandro Sales 28 de fevereiro de 2009 às 22:50  

Parabnes aos dois pelo texto e pelo site.

A historia desse Padre daria um otimo filme!!.

Anônimo,  15 de julho de 2009 às 22:27  

Parabens pelo belissimo trabalho. Cresci escutando meus pais contarem estorias deste folclorico e erudito clerico. Vivi toda minha infancia em Cuite mas moro na America a mais de 10 anos. Atualmente estudo Antropologia com enfase em Arqueologia. tenho muito interesse em conhecer os sitios aqrqueologicos de Cuite e regiao. Recordo-me que no famozo Olho da`Agua da Bica havia umas pinturas rupestres e gostaria de saber se houve aluma pesquisa na area. grande abraco.

Bilé 31 de outubro de 2009 às 14:02  

Conheci o Padre Luiz Santiago quando eu era criança.Sendo primo da minha avó paterna, Beatriz Santiago Montenegro, vez por outra, ele passava uns dias na nossa casa no Recife.
O Padre Luiz Santiago é uma das inesquecíveis figuras que marcaram minha infância.
Sempre desconfiei de que ele era uma pessoa irreverente, mas não sabia que o era a este nível.
Aproveito para dar os PARABÉNS, embora póstumos, a LUIZ SANTIAGO.

Arquiteta Beatriz Montenegro

Educar é preciso 5 de agosto de 2010 às 19:58  

Em um périodo de muita seca na região do curimataú conheci pessoalmente o Pe. Luiz santiago, na fazenda úbaia.Duas vezes por semana eu ia pegar água de jumento porque a minha casa ficava bastante distante, enquanto isso deixa os barris na fila e ia bater papo com o padre Luiz e pedir pra ele ler a mão era uma pessoa tranqüila e divertida.
Marié Dantas de Medeiros.
Cuité - pb.

Aécio Cândido,  5 de janeiro de 2016 às 09:07  

Sem dúvida, o Pe.Luiz Santiago é uma figura que merece ser mais bem conhecida. Conheci, há alguns anos,sua casa na Ubaia. Fiquei impressionado. Era um homem, no que tange à criatividade e ao empreendedorismo, bem além do seu tempo e um estrangeiro no seu lugar. Já como político (empreendedor de intervenções sociais) era um senhor do sertão, um homem de sua época. E sua vida daria um filme, sim: vida intensa, dramática, cheia de contradições... Profundamente humama.

Denis 6 de janeiro de 2016 às 10:24  

o pai do meu tio trabalhava com ele. meu tio conta historias incríveis sobre ele.

Anônimo,  7 de janeiro de 2016 às 18:20  

O Padre Luiz Santiago era amigo do meu Pai Adotivo, Demétrio Limeira da Costa, desde quando adolescentes na cidade de Cuité... e eu o conheci quando ainda criança. Postei no Facebook um comentário sobre um churrasco por ele oferecido na Fazenda Ubaia aos seus amigos e que, por pouco, não resultou em uma tragédia, devido uma granada exposta sobre uma mesa.

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