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terça-feira, 10 de agosto de 2010

O patrimônio histórico de Soledade pede socorro!!!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Senhore(a)s,

A antiga Malhada das Areias Brancas e antiga Villa de Ibiapinópolis atualmente conhecida como Soledade vem, aos poucos, perdendo o seu patrimônio arquitetônico de rara beleza para construções desprovidas de gosto, mas que "geram empregos".

Diversos casarões centenários têm cedido espaço as verdadeiras "caixas de sapato" que horrendam o espaço urbano cada vez mais estéril de elementos arquitetônicos tipo platibandas, cornijas, cimalhas, pinhas, arcos abatidos, arcos plenos, arcos ogivais, guarda-pós, venezianas, portas saia e blusa, etc.

Estas construções antigas além do material, do físico, do palpável guardam também elementos do imaterial, do contado, do acontecido. Não se resumem as edificações apenas as suas belezas. O que aconteceu dentro delas também merece a preservação.
Todos que passam no antigo burgo observam a sanha voraz de filhos da terra que enriqueceram em outras plagas e agora vêm apagar o passado demolindo as belas edificações e sepultando as histórias ali ocorridas, pois querem repetir o progresso visto por ali e por acolá. por outro lado, os que não são filhos da terrinha mais ainda fazem, por não terem nenhum resquício de emoção.

O perigo agora ronda o belíssimo casarão do Coronel Inácio Claudino da Nóbrega o famoso Coronel "Dino Perna-de-Pau" que governou o burgo por vários anos e que teria contribuído juntamente com os seus familiares para que a BR-230 obedecesse ao trajeto que ora beneficia Soledade e adjacências em detrimento do progresso de Gurjão, Taperoá, Passagem, etc.

Tivesse imaginado que progresso trazido pelas mãos da sua família consumiria vorazmente sua morada talvez tivesse pensado duas vezes.
Comenta-se que este progresso está gerando empregos. No casarão funciona uma escola. O que esta gera então?

Que todos nós procuremos entrar em contato com o Ministério Público e com a Prefeitura de Soledade no sentido de evitar a destruição deste valioso patrimônio que ora enfeita a urbe e faz com que os viajantes percam preciosos minutos a fotografá-lo.

Diz-se que o nosso controvertido IPHAEP alegou que a edificação não é tombada. entretanto, sua beleza e a sua história não mereceriam uma reflexão e um início de tombamento? que tal sair da cidade de Parahyba e constatar na Villa de Ibiapinópolis que o casarão deve ser tombado e não autorizado o seu "tombamento".

Diz-se que a prefeitura já teria autorizado a demolição. Onde está a então a sensibilidade dos que governam a Villa ou dos que emitem as licenças?
Antes que o prédio fique na memória tratemos pois de preservar a sua memória.

Que esta missiva seja amplamente divulgada para que sob as bençãos de Padre Ibiapina possamos proteger tão importante patrimônio que orgulha a população soledadense e os que lá passam cotidianamente.

Do vosso menor criado
Daniel Duarte

Do Instituto Histórico e Geographico do Cariry - IHGC
Do Instituto Histórico e Geografico Paraibano - IHGP


Imagem extraída do perfil do orkut da Fundação Casarão Ibiapinópolis.

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6 comentários:

Arthur Nóbrega Gadêlha 18 de agosto de 2010 às 17:21  

De início, quero dizer que sou bisneto do Coronel Claudino Alves da Nóbrega; após, fazer uma correção de que não há nenhum "Inácio" Claudino, ao menos que foi proprietário da Casa Grande...
Pois bem, ando nos mesmos passos do Prof. Daniel quando ele se refere que um bem dessa magnitude e história não perca sua 'memória', pois deve ser preservada para a eternidade. Tanto é que já fui ao IPHAEP-PB e lá tomei conhecimento de que já há um pedido de tombamento da casa; se não houvesse, já estava com o material para assim fazer.
Mas, digo uma coisa que talvez não seja do conhecimento do Professor: a casa já não mais pertence à Família Nobrega, para meu ENORME desgosto. O Sr. se trata à família do Coronel como sendo a responsável pela suposta intenção de demolição da Casa bem como o avanço do progresso à Soledade, o que levaria o Coronel a pensar 2x em ter feito o que ele fez.
Nem de longe é assim. Dos Nóbrega que tem ligação direta com Soledade, só existem 2 tipos: aqueles que deixaram sua terra natal no escanteio, mas que mal algum fazem à mimosa Cidade, e aqueles que matam e morrem por Soledade, notadamente para o que diz respeito à Família. Eu me encaixo nesse segundo tipo, apesar de não ser natural de lá e de ter apenas 23 anos de idade.
Infelizmente, como já disse, a Casa Grande já não é mais "nossa"; fora vendida a pouco tempo pela sua proprietária, Yolanda Nóbrega, a única dos filhos vivo do Coronel, por motivos quase que de necessidade.
A falar, não tenho mais nada, apenas essas considerações. A agir, tenho muito...
Cão que ladra, não morde, então ficarei em silêncio, apenas agindo e vendo os resultados que, com certeza, será bom para todos nós.
Grande abraço.
Arthur Nóbrega Gadêlha.

Anônimo,  20 de agosto de 2010 às 11:12  

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

ALVÍSSARAS,


SENHORE(A)S, DEVO COMUNICAR QUE TEM REPERCURTIDO BEM A MISSIVA SOBRE O PERIGO QUE PAIRA NO QUE SE REFERE AO CASARÃO DO CORONEL DINO EM SOLEDADE.
RECEBEMOS O MANIFESTO DO SUBSECRETÁRIO DE CULTURA PROFESSOR DAVID FERNANDES COMUNICANDO O CONTATO COM O IPHAEP NA PESSOA DO PROFESSOR DAMIÃO CAVALCANTI. POR OUTRO LADO RECEBEMOS TAMBÉM DIVERSAS MISSIVAS DE SOLEDADENSES QUE SE SOLIDARIZARAM COM A INICIATIVA.
MAIS AINDA, FOMOS BEM ATENDIDOS PELO ATUAL PROMOTOR DE SOLEDADE E CURADOR DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DR. ANTONIO BARROSO NETO NO NOSSO PLEITO ATRAVÉS DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRAPHICO DO CARIRY NO QUE TANGE A INICIALIZAÇÃO/FINALIZAÇÃO DO TOMBAMENTO DO IMÓVEL, INCLUINDO TODO O CENTRO HISTÓRICO DA VILLA DE IBIAPINÓPOLIS. NO PLEITO SOLICITAMOS INCLUSIVE, O EMBRAGO DE ALGUMA AÇÃO DE REFORMA OU DE DEMOLIÇÃO ATÉ QUE OCORRA UMA REUNIÃO ENTRE IPHAEP, PREFEITURA MUNICIPAL, CÂMARA DE VEREADORES, IHGC, ATUAIS PROPRIETÁRIOS, MUSEU IBIABINÓPOLIS E A QUEM POSSA INTERESSAR.
POR ÚLTIMO GOSTARIA DE PARABENIZAR A THOMAS BRUNO PELA CORRENTE DE INFORMAÇÃO E PELO DR. ARTHUR NÓBREGA GADELHA PELAS FELIZES COLOCAÇÕES, CORREÇÕES E INICIATIVAS E ESCLARECER QUE EM NENHUM MOMENTO AVENTEI SER UM NÓBREGA O AVENTUAL "TOMBADOR" DO IMÓVEL. AINDA BEM QUE ESTA AÇÃO NEGATIVA ADVÉM DE TERCEIROS, O QUE NÃO CAUSA MÁCULAS A TÃO HONRADA FAMÍLIA QUE TEVE NO CORONEL DINO O CHEFE POLÍTICO DO BURGO DE 1892 A 1937 COM PARTICIPAÇÕES AINDA NO ANO DE 1947, DATA DO SEU FALECIMENTO.
ENTRETANTO, APESAR DAS BOAS NOTÍCIAS NÃO DESCANSEMOS, POIS UM IMOVEL DAQUELES PODE SER DERRUBADO POR TRATORES EM FINAIS DE SEMANA OU FERIADOS APENAS NUM PISCAR DE OLHOS.

DO VOSSO MENOR CRIADO

DANIEL DUARTE PEREIRA

Anônimo,  24 de agosto de 2010 às 20:50  

É visível a preocupação, sua e dos Institutos Históricos da Paraíba, diante do crescente desmantelamento dos valores físicos e memoriais de Soledade. O problema não é só pela avidez do lucro e sim da falta de compromisso das autoridades que administram a cidade. Vejamos um exemplo: há um ano que se pretendia demolir a fachada do casarão, historicamente denominado de Vilu, a primeira da urbe. Um munícipe me cientificou do fato e eu o instrui no sentido de entrar com competente ação na Comarca. Resultado, o caixote foi levantado, o prédio impiedosamente desfigurado, com o beneplácido da edilidade, que teria transancionado comercialmente com um particular. Citado procedimento jurídico, segundo soube, sequer, ainda hoje, foi folheado pelo Ministério Público. Bom procurar José Antonio Cordeiro, pessoa de cultura, que não aceita tais tipos de destruição. Digo mais, Soledade vem gozando do privilégio de se tornar o lugar no Brasil aonde a democracia chega primeiro e se põe por último. Sem leis e disciplinamentos em todos níveis. O(a) promotor(a) e o(a) juiz(a) são autênticos turistas, em relação à Comarca. Penso que outras autoridades também. Se não há uma atividade catalítica os próprios caminhos iniciais e legais de uma reação tornam-se impraticáveis. A meu ver ela teria de ser de uma forma executiva e rápida do Governo Estadual, através do IPHAEP. Ainda que pareça conflitar com a autonomia do município, a população ganhará bom tempo com os lentos passos da Justiça superior. Eis meu ponto de vista, de quem não obstante afastado de minha terra de origem, na condição de sobrinho do coronel Dino e filho do major Inocêncio Nóbrega,cuja casa viznha fazemos questão de preservá-la, outrora eram os principais gestores do município. Creio que o deputado Luiz Couto, que igualmente nasceu alí, deve ser comunicado e incitado a se envolver nessa luta. Prometo escrever algo sobre ela. Conte comigo: Inocêncio Nóbrega Filho.

Anônimo,  8 de abril de 2011 às 09:18  

Em primeiro lugar quero me apresentar, sou Caroline Nóbrega, moro em João Pessoa e tenho muitos familiares no interior da Paraíba. Confesso desconhecer esses fatos tratados em questão... Não tenho interesse politico, social ou profissional em saber um pouco mais sobre a história desse e outros casarões da Familia Nóbrega em Soledade e em outros lugares. Busco um tesouro maior, a preservação da história da nossa familia. Recentemente iniciei um pesquisa genealógia e desejo conhecer de perto o legado dessas pessoas simples e humildes que marcaram o mundo principalmente no campo da politica e artes. No que eu puder ajudar a preservar essas memórias estou aberta a contatos... e no que puderem me ajudar a respeito da genealogia, serei grata!
segue meus contatos: nobreline@hotmail.com (8853-3758)

Caroline Nóbrega

Unknown 17 de novembro de 2014 às 00:25  

Bom dia!

Faço uma pesquisa genealógica da família Dantas, e fui muito bem informada que o livro da família Nóbrega, escrito por Trajano Pires da Nóbrega, e neste livro tem informações da família Dantas de Carnaúba dos Dantas ao qual eu sou descendente.
Gostaria de saber se tem este livro a vendo e onde eu posso encontrar, ou onde eu poderia ter acesso ao mesmo.

Sou de Santa Luzia PB.

Vai meu e-mail: jailsonjair.pb@hotmail.com

Obrigado a todos.

Unknown 17 de novembro de 2014 às 00:29  

Bom dia!

Faço uma pesquisa genealógica da família Dantas, e fui muito bem informada que o livro da família Nóbrega, escrito por Trajano Pires da Nóbrega, e neste livro tem informações da família Dantas de Carnaúba dos Dantas ao qual eu sou descendente.
Gostaria de saber se tem este livro a vendo e onde eu posso encontrar, ou onde eu poderia ter acesso ao mesmo.

Sou de Santa Luzia PB.

Vai meu e-mail: jailsonjair.pb@hotmail.com

Obrigado a todos.

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