Pesquisas em Lagoa Salgada buscam compreender a pré-história da região
Lagoas pleistocênicas são reservatórios naturais de água que contém vestígios de uma fauna extinta, grandes animais que viveram pelos sertões e que morreram nestes lugares (em busca de água) ou nas proximidades, sendo carreados para o fundo destas lagoas pelas enxurradas. O fato é que hoje estes lugares são fontes inesgotáveis de informações sobre os tempos pré-históricos, isto porque estes animais da Mega-Fauna viveram até aproximadamente 8 mil anos atrás, num período chamado de Pleistoceno. O estudo desta fauna pode nos dar diversas informações acerca da pré-história, e é buscando entender este passado que o arqueólogo Juvandi Santos e o paleontólogo Márcio Mendes chefiaram uma escavação, entre os dias 28 e 31 de janeiro, na Lagoa Salgada, distante 4 km da zona urbana de Areal-PB e 26km de Campina Grande.
A equipe de escavação foi composta pelo coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB Juvandi de Souza Santos, do Paleontólogo da UEPB Márcio Mendes, dos acadêmicos de Biologia UEPB Elnathan Monteiro e Allysson Allan, além dos pesquisadores sócios da Sociedade Paraibana de Arqueologia Thomas Bruno Oliveira e Dennis Mota, a atividade recebeu inteiro apoio da UEPB e da Prefeitura Municipal de Areal.
Os trabalhos estão apenas no início e esta atividade é a primeira campanha de escavação deste sítio paleontológico, que segundo o Prof. Juvandi “tem potencial para ser trabalhado por no mínimo 10 anos”. Foram coletados diversos fósseis da fauna pleistocênica, nas quadrículas escavadas, foi evidenciado parte de um Mastodonte, cujos fragmentos encontravam-se friáveis, em grande medida pela sua exposição na superfície, imposta no momento da descoberta, em meados de 2006, quando escavadeiras tentavam aumentar a capacidade de armazenamento de água da Lagoa, ação do projeto de revitalização do Rio Mamanguape.
Um cuidadoso processo de salvamento do material foi desempanhado pela equipe, utilizando a técnica de encasulamento que consiste no envolvimento das organizações fósseis em espessa camada de gesso, gase e papel cujo intuito era evitar a fragmentação dos fósseis. Todo o material foi devidamente acondicionado e trazido para o Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB, onde passará pelo processo de catalogação e montagem, e assim, fará parte do acervo do Museu de Arqueologia e Paleontologia da UEPB, no largo do Açude Novo (Antigo MAAC).
Além da escavação, uma pesquisa arqueológica de entorno foi empreendida pela equipe. O pesquisador Thomas Bruno Oliveira, da SPA, encontrou cerâmica indígena nas cercanias da Lagoa, aumentando, portanto, a potencialidade de vestígios pré-históricos da área da Lagoa Salgada. A educação patrimonial foi um ponto forte dos trabalhos. Além da cobertura pela imprensa estadual, moradores de cidades vizinhas e da própria Areal esteviveram visitando as atividades e compreendendo a importância daqueles testemunhos para a compreensão do passado da região. Mais de três centenas de habitantes acompanharam a escavação.
É pretensão do Prof. Juvandi realizar uma segunda campanha de escavação na Lagoa Salgada ainda no fim deste ano “É muito importante a escavação de um local como este, pois os vestígios ali encontrados darão subsídios para entendermos o paleoambiente da região que hoje é a Paraíba”. Além da escavação, pretende-se realizar um levantamento dos sítios arqueológicos da região polarizada pela Lagoa.
Juvandi publicou recentemente o livro ‘Ensaios de Paleontologia Geral e da Paraíba’, abordando a fauna pleistocênica e os sítios paleontológicos do nosso Estado. O livro, que já está nas livrarias, será lançado oficialmente no III Encontro da Sociedade Paraibana de Arqueologia, evento que fará parte do Encontro para a Nova Consciência, no período de carnaval.
Foto: Lagoa Salgada - Areal-PB
A equipe de escavação foi composta pelo coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB Juvandi de Souza Santos, do Paleontólogo da UEPB Márcio Mendes, dos acadêmicos de Biologia UEPB Elnathan Monteiro e Allysson Allan, além dos pesquisadores sócios da Sociedade Paraibana de Arqueologia Thomas Bruno Oliveira e Dennis Mota, a atividade recebeu inteiro apoio da UEPB e da Prefeitura Municipal de Areal.
Os trabalhos estão apenas no início e esta atividade é a primeira campanha de escavação deste sítio paleontológico, que segundo o Prof. Juvandi “tem potencial para ser trabalhado por no mínimo 10 anos”. Foram coletados diversos fósseis da fauna pleistocênica, nas quadrículas escavadas, foi evidenciado parte de um Mastodonte, cujos fragmentos encontravam-se friáveis, em grande medida pela sua exposição na superfície, imposta no momento da descoberta, em meados de 2006, quando escavadeiras tentavam aumentar a capacidade de armazenamento de água da Lagoa, ação do projeto de revitalização do Rio Mamanguape.
Um cuidadoso processo de salvamento do material foi desempanhado pela equipe, utilizando a técnica de encasulamento que consiste no envolvimento das organizações fósseis em espessa camada de gesso, gase e papel cujo intuito era evitar a fragmentação dos fósseis. Todo o material foi devidamente acondicionado e trazido para o Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB, onde passará pelo processo de catalogação e montagem, e assim, fará parte do acervo do Museu de Arqueologia e Paleontologia da UEPB, no largo do Açude Novo (Antigo MAAC).
Além da escavação, uma pesquisa arqueológica de entorno foi empreendida pela equipe. O pesquisador Thomas Bruno Oliveira, da SPA, encontrou cerâmica indígena nas cercanias da Lagoa, aumentando, portanto, a potencialidade de vestígios pré-históricos da área da Lagoa Salgada. A educação patrimonial foi um ponto forte dos trabalhos. Além da cobertura pela imprensa estadual, moradores de cidades vizinhas e da própria Areal esteviveram visitando as atividades e compreendendo a importância daqueles testemunhos para a compreensão do passado da região. Mais de três centenas de habitantes acompanharam a escavação.
É pretensão do Prof. Juvandi realizar uma segunda campanha de escavação na Lagoa Salgada ainda no fim deste ano “É muito importante a escavação de um local como este, pois os vestígios ali encontrados darão subsídios para entendermos o paleoambiente da região que hoje é a Paraíba”. Além da escavação, pretende-se realizar um levantamento dos sítios arqueológicos da região polarizada pela Lagoa.
Juvandi publicou recentemente o livro ‘Ensaios de Paleontologia Geral e da Paraíba’, abordando a fauna pleistocênica e os sítios paleontológicos do nosso Estado. O livro, que já está nas livrarias, será lançado oficialmente no III Encontro da Sociedade Paraibana de Arqueologia, evento que fará parte do Encontro para a Nova Consciência, no período de carnaval.
Foto: Lagoa Salgada - Areal-PB
3 comentários:
Parabéns pelo trabalho, essa escavação é sem dúvida uma boa noticia, espero que a segunda etapa seja ainda mais produtiva e possibilite novas descobertas. Parabéns mesmo a equipe pelo trabalho!!!E desde já desejo muito sucesso ao lançamento do novo Livro de Juvandi.
Parabéns pelos trabalhos. Já era fã de paleontologia e agora então.
Abraço aos pesquisadores.
Sim, a Lagoa Salgada poderá trazer ainda muito mais informações sobre o fim do Pleistoceno. Novas pesquisa estão em andamento, visitem:
http://sites.google.com/site/cosmopier/impact-craters/end-pleistocene-palaeolagoons
abs
pierson
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