A Serra de Bodopitá e seu patrimônio arqueológico
Thomas Bruno Oliveira*
Os inúmeros registros arqueológicos dispersos por todo o território paraibano atestam que sociedades pré-históricas de complexas culturais se estabeleceram na região por milênios. No entanto, pouco se sabe a respeito destes povos, principalmente em se tratando do território onde hoje encontramos a Paraíba, onde as pesquisas em arqueologia ainda estão em amadurecimento. Contudo, o Estado apresenta inúmeras regiões arqueológicas onde existem conjuntos de testemunhos em uniformidade sistemática, nomenclaturados pelos arqueólogos André Prous (1992) como ‘áreas arqueológicas’ e Gabriela Martin (2005) como ‘Enclaves Arqueológicos’.
Um destes enclaves é a Serra de Bodopitá (cadeia de serras que se alonga continuamente por aproximadamente 45km, nascendo, seguindo o sentido oeste-leste, na margem esquerda do riacho Bodocongó, limite municipal entre Caturité e Queimadas, e se estende até a localidade de Serra Velha, que serve de limite territotial entre Itatuba e Ingá), cordilheira que emoldura a face sul de Campina Grande e que seguramente se enquadra neste conceito.
Em 2006, juntamente com o arqueólogo e Prof. da UEPB Juvandi de Souza Santos e o Historiador Vanderley de Brito (ambos da Sociedade Paraibana de Arqueologia), tive a oportunidade de ter como objeto de pesquisa esta cordilheira. Percorremos os seus 45 quilômetros de extensão para levantarmos as ocorrências visíveis da presença e/ou passagem de grupos pré-históricos na região. Surge deste trabalho o livro ‘Serra de Bodopitá: Pesquisas arqueológicas na Paraíba’(2006) que reúne 18 sítios arqueológicos ao longo da Serra, sendo destes 17 de inscrições rupestres e uma necrópole indígena. O destaque da obra é o ineditismo, pela primeira vez na Paraíba, o patrimônio arqueológico de uma região, neste caso a cordilheira de Bodopitá, é sistematizado e enquadrado nas perspectivas teóricas vigentes na pesquisa arqueológica brasileira.
Após a publicação, nos chega através das expedições empreendidas aos municípios de Queimadas e Fagundes, diversas informações de novas ocorrências arqueológicas, prova inconteste de que a obra não encerra o patrimônio pré-histórico da Serra, até porque o que está oculto no sedimento, no subsolo, não foi considerado. Mediante estas novas informações e achados, iremos prospectar estes lugares, sistematizar os dados e certamente publicar uma segunda edição desta obra.
Os inúmeros registros arqueológicos dispersos por todo o território paraibano atestam que sociedades pré-históricas de complexas culturais se estabeleceram na região por milênios. No entanto, pouco se sabe a respeito destes povos, principalmente em se tratando do território onde hoje encontramos a Paraíba, onde as pesquisas em arqueologia ainda estão em amadurecimento. Contudo, o Estado apresenta inúmeras regiões arqueológicas onde existem conjuntos de testemunhos em uniformidade sistemática, nomenclaturados pelos arqueólogos André Prous (1992) como ‘áreas arqueológicas’ e Gabriela Martin (2005) como ‘Enclaves Arqueológicos’.
Um destes enclaves é a Serra de Bodopitá (cadeia de serras que se alonga continuamente por aproximadamente 45km, nascendo, seguindo o sentido oeste-leste, na margem esquerda do riacho Bodocongó, limite municipal entre Caturité e Queimadas, e se estende até a localidade de Serra Velha, que serve de limite territotial entre Itatuba e Ingá), cordilheira que emoldura a face sul de Campina Grande e que seguramente se enquadra neste conceito.
Em 2006, juntamente com o arqueólogo e Prof. da UEPB Juvandi de Souza Santos e o Historiador Vanderley de Brito (ambos da Sociedade Paraibana de Arqueologia), tive a oportunidade de ter como objeto de pesquisa esta cordilheira. Percorremos os seus 45 quilômetros de extensão para levantarmos as ocorrências visíveis da presença e/ou passagem de grupos pré-históricos na região. Surge deste trabalho o livro ‘Serra de Bodopitá: Pesquisas arqueológicas na Paraíba’(2006) que reúne 18 sítios arqueológicos ao longo da Serra, sendo destes 17 de inscrições rupestres e uma necrópole indígena. O destaque da obra é o ineditismo, pela primeira vez na Paraíba, o patrimônio arqueológico de uma região, neste caso a cordilheira de Bodopitá, é sistematizado e enquadrado nas perspectivas teóricas vigentes na pesquisa arqueológica brasileira.
Após a publicação, nos chega através das expedições empreendidas aos municípios de Queimadas e Fagundes, diversas informações de novas ocorrências arqueológicas, prova inconteste de que a obra não encerra o patrimônio pré-histórico da Serra, até porque o que está oculto no sedimento, no subsolo, não foi considerado. Mediante estas novas informações e achados, iremos prospectar estes lugares, sistematizar os dados e certamente publicar uma segunda edição desta obra.
Indicações de leitura:
ALMEIDA, Ruth Trindade de. A Arte Rupestre nos Cariris Velhos, Ed. Universitária/UFPB - João Pessoa – 1979.
AZEVEDO, Carlos Alberto. Arqueologia: Estudos e Pesquisas. Ideia: João Pessoa, 2008.
BRITO, Vanderley de. Arqueologia na Borborema. João Pessoa: JRC Editora, 2008.
MARTIN, Gabriela. Pré- História do Nordeste do Brasil, 4 ª Edição, Ed. Universitária UFPE – Recife – 2005.
OLIVEIRA, Thomas Bruno; ett all. (org). PRÉ-HISTÓRIA: Estudos para a arqueologia da Paraíba. João Pessoa: JRC Editora, 2007.
SANTOS, Juvandi de Souza. Estudando e conhecendo a Pré-História. Campina Grande: EDUEP, 2005.
*Ac. de História UEPB, Sócio da SPA, GEPAHI e IHGC / thomasarqueologia@gmail.com
6 comentários:
É muito interessante este trabalho. Dá orgulho de ver.
estou sempre visitando o site e lendo estes artigos aqui. Quando houver livro quero saber para comprar
Já ouví falar muito da Pedra do Touro, ela fica nessa serra não é?
Dizem que tá toda pixada... é uma pena. É importante este trabalho de resgate de nosso passado.
Thomas, parabéns pelo trabalho aqui feito, a divulgação científica tem de ser feita. No mais, estarei aqui acompanhando o blog. Mais uma vez, parabéns.
O relevância dos estudos sobre arqueologia da Paraíba realisados pela SPA é de grande importancia no que tange a subsidios sobre a tematica para ser trabalhada em sala de aula. Nesse sentido, acompanhar o trabalho que esta sendo realizado por profissionais que acima de tudo são comprometidos com essa area se torna prazeroso. Estou instigada para ver a segunda edição desta obra. Parabéns!!!
Prezado Dr. Thomas Bruno Oliveira, Saúde Pesquisas e Progresso! Em quanto existem pesquisadores, que defende que o estado do Piauí, foi o precursor do homem naquele estado fazendo os seus hieroglíficos em suas cavernas ou rochedos, a nossa querida Paraíba, insere na verdadeira história das suas pinturas rupestre derdes daquele período do Paleolítico Superior, ou seja, 40.000 a.C. Portanto não só no Piauí, mas em quase todos estado de nossa Federação existe o sinal da internet Pré-histórica das pinturas rupestre. Por Célio Cavalcante (Guardião da Arqueologia) – Forquilha-Ceará.
É bom saber que à minha cidade possui um museu a céu aberto e que estão explorando.conheço cada pedacinho dessas cerras. principalmente as de queimadas
Postar um comentário