Boletim da SPA Nº 49

Está no ar o Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - SPA
Eletrônico) Nº49 – ANO V - Junho de 2010.

Confiram nesta edição:

-- Excursão estudantil à APA das Onças;
-- Homenagem a Daniel Duarte;
-- Os homens que vieram do frio;
-- Revista Tarairiú: últimos dias para o envio de artigos;
-- IHGP homenageia sócia falecida;
-- Arqueologia do Forte Orange;
-- Artigo: 'A itacoatiara do Ingá pede socorro';
-- VI Colóquio História e Arqueologia da América Indígena;
-- TV Itararé na Pedra do Ingá;
-- Artigo: 'Brejo: terra ignota?';
-- II Semana de História;
-- Nova publicação do Pe. João Jorge Rietveld;
-- Ocorrência de Collembola em sítios arqueológicos da Paraíba;
-- Correio das Artes;
-- Discussões astronômicas;
-- Mapa de atuação da SPA em junho de 2010;
-- Expediente.


Acesse o Boletim 49, editado em pdf, através do link:
http://mhn.uepb.edu.br/Boletins/Boletim_49_JUN_2010.pdf

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A Pedra do Ingá pede socorro

Juvandi de Souza Santos*

Em recente visita a Pedra do Ingá juntamente com o fotografo e espeleólogo francês, Marcus Barboza, deparei-me, como de costume, com uma situação que considero como trágica; pois estamos tratando de um dos sítios arqueológicos de arte rupestre mais conhecidos do mundo.

Recentemente, juntamente com o prof. Dr. Márcio Mendes (paleontólogo da UEPB), realizamos a recuperação do material fóssil do pequeno museu de Paleontologia ali existente. Para minha surpresa e do espeleólogo Marcus Barboza, nos deparamos com o material em péssimo estado de conservação, sem que a prefeitura local responsável pela manutenção da área, realizasse alguma atividade para salvaguardar as peças fósseis do contato direto das mãos dos turistas e curiosos mal informados que visitam o local, sendo que a maioria deles faz uso daquele ambiente para o consumo de bebida alcoólica e outras práticas danosas ao local. Recentemente, nos foi repassado um fêmur de Preguiça Gigante para um novo processo de restauro, pois o mesmo fora quebrado por um visitante, que o pegou nas mãos, deixando-o cair e esfarelar-se ao chão.

Nos últimos meses, o IPHAN doou ao local cordas e pequenos barretes para isolar a área onde se encontram principais painéis com gravuras rupestres. Para nosso desencanto, encontramos cordas ao chão, bem como as placas, também, doadas pelo IPHAN, avisando aos visitantes da proibição do acesso aos painéis rupestres. A maioria das placas foram quebradas pelos ilustres visitantes.

A meu ver, falta um trabalho de Educação Patrimonial na área e uma maior fiscalização por parte dos órgãos competentes. Como a coisa anda (ou seja, não anda), em poucos anos nossos descendentes não terão a mínima chance em vislumbrar as famosas gravuras da Pedra do Ingá. As mesmas serão contempladas nos velhos livros de História ou em alguma fotografia tirada por algum visitante em tempos remotos.


*Prof. Pós-Doutorando (PUC-RS e Museu de História Natural de Paris)
Historiador/Arqueólogo – Cood. do LABAP/UEPB e Vice Presidente da SPA.

Imagem: Proteção da Pedra do Ingá quebrada por vândalos.

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Intercâmbio científico Brasil e França: GPE, Terre Et Eau e SPA prospectam cavidades naturais da Paraíba

O espeleólogo francês Marcus Barboza, do grupo de Espeleologia (Ciência que se dedica ao estudo das cavidades naturais), TERRE ET EAU (Terra e Água), de Bois-Colombes, região de Paris, França, esteve recentemente na Paraíba e, em conjunto com membros do Grupo Paraíba de Espeleologia (GPE/UEPB) e da Sociedade Paraibana de Arqueologia (SPA), projeto de Extensão do Prof. Dr. Juvandi Santos, visitaram várias cavidades naturais existentes no Agreste paraibano, especialmente a caverna granítica denominada de LOCA (que também é um cemitério indígena Cariri), em Queimadas e o complexo arqueológico do Riacho da Pintada, no município de Natuba. Lá, cinco sítios arqueológicos (Pintada I, II, III, IV e V), todos em cavidades naturais do tipo afloramento e abrigos sob rocha, foram visitados pela equipe, composta também pelos estudiosos Prof. Vanderley de Brito, Prof. Thomas Bruno Oliveira e Dennis Mota (sócios da SPA).

A experiência vivenciada pelo espeleólogo francês, Marcus Barboza, será compartilhada com os membros do seu grupo na França e, segundo o espeleólogo “a experiência na Paraíba com o GPE/UEPB e a SPA foi única, inigualável, porque proporcionou conhecer cavidades naturais, muitas delas com figuras rupestres de rara beleza e/ou materiais arqueológicos poucos comuns na Europa”.

A atividade de intercâmbio será intensificada quando, no dia 7 de outubro do ano em curso, o prof. Dr. Juvandi Santos palestrará para o grupo TERRE ET EAU, em Paris, França, mostrando aos demais componentes daquele grupo, as cavidades naturais da Paraíba e sua importância nos campos da Espeleologia e da Arqueologia.

O Prof. Dr. Juvandi Santos, na ocasião, visitará cavidades naturais (grotas) nas regiões da Dordonha e Carnac, França, para realizar atividades comparativas entre as cavidades naturais daquele país e as dos Sertões da Paraíba. Essa atividade faz parte da Tese de Pós-Doutoramento do Prof. Juvandi, que estuda a existência de um provável padrão de enterramento entre os indígenas Cariris, buscando, ou não, semelhanças com os sepultamentos Pré-Históricos do Velho Mundo (Europa).

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Arqueologia do Forte Orange II

O Prof. Dr. Marcos Albuquerque, do Nucleo de Estudos Arqueológicos da Universidade Federal de Pernambuco, informa que já se encontra disponível na home Page www.magmarqueologia.pro.br o trabalho recém publicado sob o titulo Arqueologia do Forte Orange II.

"Neste trabalho abordamos o forte holandês que foi descoberto sob o atual forte de origem luso-brasileira. O próximo artigo tratará do material arqueológico encontrado nos dois fortes." Afirmou Albuquerque.

Para acessar diretamente o artigo: http://www.magmarqueologia.pro.br/publicacoes/2010/
Revista%20DaCultura%20-%20Arqueologia%20do%20 Forte%20Orange%20II.pdf

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